Samba de verão: os melhores discos nacionais de Bossa Nova para relaxar na estação mais quente do ano

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A chegada do verão e das ondas de calor que elevam a sensação térmica para perto dos 60 graus exige atenção redobrada. Usar roupas leves, beber muita água e refrescar o corpo são alguns dos cuidados para enfrentar o maçarico ligado. Mas e o som para enfrentar esse sufoco e deixar o verão mais leve? Bem, a gente sugere a bossa nova, que, com suas melodias suaves e relaxantes, tem tudo a ver com sol, sal e sul.

Nascida no Rio de Janeiro, na Zona Sul da capital carioca, a bossa nova faz uma mistura de influências musicais que remontam até o choro e a música francesa, mas acaba predominando mesmo é o ritmo do samba com influências harmônicas do jazz norte-americano, principalmente do modo de cantar de Chet Baker, do cool jazz e do jazz west coast. A bossa combina com praia, sol, calor e traz ao mesmo tempo uma atmosfera de tranquilidade e descontração, que são a cara da estação mais quente do ano.

Separamos álbuns fundamentais para você conhecer um pouco da história e trajetória do gênero musical reconhecido internacionalmente pela famosa “Garota de Ipanema”e encontrar canções leves e suaves que vão ajudar a refrescar o seu verão.

Chega de Saudade – João Gilberto

Lançado em 1959, o disco de estreia do cantor e compositor João Gilberto é considerado o marco inicial da bossa nova. Com autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, a canção “Chega de Saudade”, que dá nome ao disco, foi gravada por João em um compacto que alavancou não só sua carreira como também mostrou os fundamentos desse novo estilo musical brasileiro. Além de “Chega de Saudade”, o álbum traz o clássico da bossa nova “Desafinado” e “Bim Bom”, uma das raras composições de João.

Canção do Amor Demais – Elizeth Cardoso

Outro disco considerado um dos marcos inaugurais da bossa nova é Canção do Amor Demais, da cantora Elizeth Cardoso. Lançado em 1958, com composições de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, o disco traz canções emblemáticas da parceria, como “As Praias Desertas” e “Janelas Abertas”, além da primeira gravação de “Chega de Saudade”, com arranjo e levada bem diferentes da versão que João Gilberto consagraria depois.

João Gilberto – João Gilberto

O disco que leva o nome do próprio artista João Gilberto foi lançado no ano de 1961 e é repleto de canções que, pela interpretação de João, se tornaram grandes clássicos da bossa nova, como “Samba da Minha Terra”, “O Barquinho”, “Coisa Mais Linda”, “Insensatez” e “Este Seu Olhar”, entre outras.

Rapaz de Bem – Johnny Alf

Lançado em 1961, o álbum Rapaz de Bem, do cantor e pianista Johnny Alf, traz a canção que dá nome ao disco, composta em 1953 – antes, portanto, do advento da bossa como gênero e movimento musical –, além de outros sucessos do repertório de Johnny, como “O Que É Amar” e “Ilusão À Toa”, que fazem parte da história da bossa nova brasileira. Com seu estilo intimista e suave ao piano, além de harmonias ricas típicas do jazz, Johnny é considerado uma das maiores inspirações para o movimento da bossa.

Tamba Trio – Tamba Trio

Lançado em 1962, o disco instrumental Tamba Trio, que leva o mesmo nome do trio composto pelos músicos Luiz Eça, Bebeto Castilho e Hélcio Milito, consagra a veia “jazzista tropical” da bossa nova e é um dos marcos do estilo samba jazz. O álbum traz composições de grandes nomes como Tom Jobim, João Donato, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e Geraldo Vandré. No repertório estão sucessos como “Samba de uma Nota Só” e “O Barquinho”.

A emblemática canção “Garota de Ipanema” – Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Aqui faremos um tópico para falar apenas de “Garota de Ipanema”, antes de seguir com a trajetória dos álbuns essenciais da bossa nova nacional. Afinal, é uma canção que se tornou um ícone cultural e merece uma atenção especial. Tom Jobim e Vinicius de Moraes a escreveram inspirados em uma jovem de 17 anos que viam passar a caminho da praia de Ipanema todos os dias enquanto bebiam no bar da esquina por onde a musa caminhava. O ano era 1962, e a musa em questão é a ex-modelo Helô Pinheiro.

Originalmente intitulada de “A Menina que Passa”, “Garota de Ipanema” foi apresentada ao mundo no show intitulado “O Encontro”, em agosto de 1962, na boate Au Bon Gourmet, em Copacabana. No palco estavam Tom, Vinícius, João Gilberto e o conjunto vocal Os Cariocas. Os primeiros registros fonográficos são dos discos Garota de Ipanema, de Pery Ribeiro, e Avanço, do Tamba Trio, em 1963. Meses depois, a música ganhou um registro instrumental no disco de estreia de Tom Jobim, The Composer of Desafinado Plays, lançado nos Estados Unidos.

Mas a consagração da canção veio um ano mais tarde, em 1964, com a gravação da letra em inglês, composta por Norman Gimbel, na voz de Astrud Gilberto, com a participação de João Gilberto e do saxofonista norte-americano Stan Getz, no aclamado álbum Getz/Gilberto. Por essa gravação, Astrud ganhou o Grammy de Canção do Ano, em 1965, e nessa mesma edição do prêmio Getz/Gilberto se tornou o primeiro disco de jazz a ganhar o Grammy de álbum do ano.

Até hoje, “Garota de Ipanema” é a canção mais regravada da história da música brasileira, alcançando um total de 442 gravações oficiais no Brasil e no exterior, até a presente data, além de ter sido incluída em cerca de 1,5 mil álbuns, vinis e coletâneas ao redor do mundo.

The Composer of Desafinado, Plays – Tom Jobim

No ano de 1963, já conhecido e aclamado como grande compositor da bossa nova, Tom Jobim recebe um convite da respeitada gravadora norte-americana Verve para lançar um álbum instrumental, tocando no piano suas composições. Nascia então o álbum de estreia do músico, The Composer of Desafinado Plays, que trazia no repertório clássicos como “Garota de Ipanema”, “Desafinado”, “Água de Beber”, “Corcovado”, “Chega de Saudade”, “Insensatez” e “Samba de Uma Nota Só”, entre outros.

Bossa, Balanço, Balada – Sylvia Telles

Em 1963, Sylvia Telles, que foi uma das maiores intérpretes da bossa nova, além de pioneira dos primeiros shows do movimento, lançou o álbum Bossa, Balanço, Balada, que trazia canções como “Rio”, “Samba do Avião” e “Bossa na Praia”. Sylvia Telles morreu em 1966, em um trágico acidente de carro, dias antes de uma viagem que faria a Nova Iorque para a gravação de um disco.

Depois do Carnaval – Carlos Lyra

Fundador do Centro Popular de Cultura (CPC), no Rio de Janeiro, o músico Carlos Lyra lançou em 1963 o disco Depois do Carnaval, também um dos marcos da bossa nova brasileira.

Mais Bossa com Os Cariocas – Os Cariocas

Lançado em 1963, o disco Mais Bossa com Os Cariocas, do conjunto Os Cariocas, traz a primeira gravação da emblemática canção “Ela é Carioca”, entre outros sucessos da bossa nova.

Vinicius & Odette Lara – Vinícius de Moraes e Odette Lara

Lançado em 1963, Vinicius & Odette Lara, uma parceria entre o compositor Vinicius de Moraes e a cantora Odette Lara, traz o grande clássico “Samba da Benção”, além de outros sucessos como “Berimbau”, “Samba em Prelúdio”, “Além do amor” e “O Astronauta”.

Nara – Nara Leão

Um dos principais nomes da bossa nova no Brasil, a cantora Nara Leão lançou seu álbum de estreia intitulado Nara, em 1964. O disco traz sucessos como “Carolina”, “Inspiração” e “Camisa Amarela”.

Getz/Gilberto – Stan Getz e João Gilberto

Um dos discos mais emblemáticos da bossa nova, Getz/Gilberto foi lançado em 1964, fruto de uma parceria do saxofonista norte-americano Stan Getz e do cantor e compositor brasileiro João Gilberto. O disco traz a primeira gravação da versão em inglês de “Garota de Ipanema (The Girl From Ipanema)”, na voz de Astrud Gilbertoe João Gilberto. Integram também o repertório do álbum canções como “Corcovado (Quiet Nights of Quiet Stars)”, “Só Danço Samba (One Note Samba)” e “Pra Machucar Meu Coração”, entre outros clássicos.

Vagamente – Wanda Sá

Vagamente, um dos discos símbolo da segunda fase da bossa nova, é o álbum de estreia da cantora Wanda Sá, lançado em 1964. O disco traz sucessos como “E Vem o Sol”, “Mar Azul”, “Adriana” e “Vagamente”, entre outros.

A nova bossa nova de Roberto Menescal e Seu Conjunto – Roberto Menescal e Seu Conjunto

Também em 1964 foi lançado o álbum A nova bossa nova de Roberto Menescal e Seu Conjunto, do grupo Roberto Menescal e Seu Conjunto. Totalmente instrumental, o disco traz sucessos como “Desafinado”, “Batida Diferente”, “Garota de Ipanema” e “Só Danço Samba” e é considerado um dos clássicos do samba jazz, nome com que se intitulou o movimento da bossa nova instrumental dos anos 1960.

O Compositor e o Cantor – Marcos Valle

Lançado em 1965, o álbum O Compositor e o Cantor, de Marcos Valle, traz no repertório um dos maiores clássicos da bossa nova, a canção “Samba de Verão”, que resgata o tema das musas praianas tão famoso em “Garota de Ipanema”. Assim como a garota de Tom e Vinicius, o samba de Marcos Valle também fez sucesso em língua inglesa, na qual recebeu o título de “Summer Samba (So Nice)”

Wave – Tom Jobim

O álbum Wave, de Tom Jobim, traz a canção que dá nome ao disco e é um dos clássicos mais aclamados da bossa nova brasileira, em sua versão instrumental. Lançado em 1967, além da música título, o disco traz ainda sucessos como “Batidinha”, “Triste” e “Lamento”. A música “Wave” ganhou letra tempos depois e tornou-se símbolo do estilo.

Você Ainda Não Ouviu Nada – Sérgio Mendes e Bossa Rio

Lançado em 1964, o álbum Você Ainda Não Ouviu Nada, de Sérgio Mendes e Bossa Rio, traz clássicos da Bossa nova como “Ela é Carioca”, “Nôa Nôa”, “Corcovado” e “Garota de Ipanema” em versões instrumentais.

Matita Perê – Tom Jobim

Lançado em 1972, o disco Matita Perê traz um dos maiores sucessos de Tom Jobim e da bossa nova, “Águas de Março”, faixa que abre o álbum. Além deste clássico, o disco tem ainda “Ana Luiza e “Matita Perê”, que dá nome ao álbum, entre outras composições de Tom. O sucesso de “Águas de Março” tornou-se ainda maior depois do lançamento da versão em dueto com a cantora Elis Regina, no álbum “Elis & Tom”, de 1974.

“Águas de Março” tornou-se uma das 10 músicas mais tocadas no mundo no século XX. Em 2001, foi eleita por 250 críticos a melhor música brasileira de todos os tempos.

Elis & Tom – Elis Regina e Tom Jobim

Lançado em 1974, o disco Elis & Tom é o encontro de dois gigantes da música brasileira: Elis Regina e Antônio Carlos Jobim. Além do clássico “Águas de Março”, traz também outros grandes sucessos da bossa nova brasileira: “Só Tinha de Ser Com Você”, “Por Toda A Minha Vida”, “Soneto de Separação”, “Retrato Em Preto e Branco”, “Corcovado” e “Modinha”, entre outros.

Miúcha e Antônio Carlos Jobim Vol. 1 e Vol.2 – Miúcha e Tom Jobim

Lançado em 1977, o álbum Miucha & Tom Jobim Vol.1 traz os clássicos “Pela Luz dos Olhos Teus” e “Samba do Avião”, entre outros, nas vozes da cantora Miúcha e Tom Jobim. Já o segundo volume do álbum Miúcha & Tom Jobim Vol. 2, lançado em 1979, traz o clássico “Falando de Amor”.

Passarim – Tom Jobim

Lançado 1987, o álbum Passarim traz a canção “Luiza”, uma das músicas mais bonitas da bossa nova brasileira, além de “Bebel”, “Samba do Soho”, “Tema de Amor de Gabriela”, o clássico “Anos Dourados” e a canção título “Passarim”, entre outros sucessos.

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