Derivado do rap, trap explode no Brasil. Conheça os sucessos de dez artistas

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O sucesso do trap no Brasil é inegável. Esse gênero musical surgiu no sul dos Estados Unidos no início dos anos 2000 e se popularizou no país a partir de 2015. Desde então, vem ganhando cada vez mais espaço nos streamings, nas redes e nos shows, revelando novos artistas e hits.

O trap é, na verdade, um subgênero do rap que se caracteriza pelo uso de sintetizadores, batidas eletrônicas, letras agressivas e temas como violência, drogas, sexo e ostentação. O nome “trap” vem da palavra “armadilha” em inglês, mas é também uma gíria para lugares perigosos dominados pelo tráfico de drogas.

Como saber se um trap é autêntico

Uma coisa que chama a atenção no trap é o vocoder, efeito que deixa a voz do cantor meio robótica, meio metálica, meio extraterrestre. O recurso combina o som da voz com o de outro instrumento (como um teclado ou até uma gravação). O timbre de saída da voz depende de como o engenheiro de som e os músicos regulam os equipamentos.

No trap, o vocoder é usado para deixar os vocais mais interessantes, criativos e diferentes, que se destacam na música e dão mais personalidade, emoção e dinamismo para as vozes. Também dá para fazer harmonias e melodias com as vozes.

Outra característica marcante do trap são as rimas. Elas podem ser simples, quando há apenas uma sílaba rimando (como rap e trap), ou complexas, quando há mais de uma sílaba rimando (como dinheiro e parceiro). Podem também seguir diferentes esquemas, dependendo da posição das palavras que rimam na frase. Por exemplo, as rimas podem ser internas, quando ocorrem dentro da mesma frase, ou externas, quando ocorrem no final das frases.

As rimas ainda podem variar em relação à quantidade e à frequência. Por exemplo, podem ser duplas, quando há duas palavras que rimam na mesma frase, ou múltiplas, quando há mais de duas palavras que rimam na mesma frase. Podem também ser consecutivas, quando ocorrem uma após a outra, ou alternadas, quando ocorrem intercaladas por outras palavras.

Já as letras no trap são marcadas pelo uso de diversos recursos linguísticos que criam novas palavras e sons, dão contexto e significado às rimas, trazem ênfase e humor às letras e até criam efeitos sonoros.

Alguns desses recursos são:

gírias, neologismos e estrangeirismos, que formam um vocabulário próprio do trap;

• referências culturais, históricas e pessoais, que situam as rimas no tempo e no espaço;

metáforas, comparações e ironias, que expressam sentimentos e opiniões dos cantores;

• aliterações, assonâncias e onomatopeias, que repetem timbres e sons das palavras;

• e repetições, variações e inversões, que criam contrastes e surpresas nas rimas.

Afinal, o trap nacional veio para ficar?

O futuro do trap nacional depende de muitos fatores, como as tendências musicais, as demandas do público, as inovações tecnológicas e as questões sociais e políticas. Uma possível tendência é a maior diversificação do gênero, tanto em termos de sonoridade quanto de temas.

Mas o trap brasileiro já demonstrou sua capacidade de se misturar com outros ritmos, como funk, samba, sertanejo e MPB, criando novas possibilidades e públicos. Talvez, no futuro, o estilo explore ainda mais essas fusões, incorporando elementos de outros gêneros musicais, como rock, forró e brega.

Além disso, o trap brasileiro também pode ampliar seu leque de assuntos abordados nas letras, trazendo mais reflexões, críticas e propostas sobre temas como educação, saúde, meio ambiente, direitos humanos, diversidade e cidadania. Que tal?

Conheça a seguir dez artistas do trap brasileiro e ouça na Deezer seus sucessos!

BIN: esse carioca é um dos expoentes da nova geração do trap brasileiro. Suas músicas são conhecidas por juntar o trap à sofrência sertaneja, como pode ser conferido no álbum Para Todas as Mulheres Que Já Rimei, de 2020.

Ouça: “Marília Mendonça”

Chefin: ficou conhecido nacionalmente pelas suas letras poderosas e por ter gravado a música “2step” com Ed Sheeran. Ele nasceu no Rio de Janeiro em 2004 e faz parte da gravadora Mainstreet Records. Em 2022, ele lançou o álbum A Nova Era e ganhou o prêmio MTV Miaw na categoria “Trap na Cena”.

Ouça: “Deus É o Meu Guia”

Filipe Ret: outro carioca que é um dos nomes mais consagrados do rap e do trap nacional. Ele é conhecido por letras que falam sobre sua trajetória, visão de mundo e filosofia de vida. Já lançou seis álbuns, sendo o mais recente de 2022, Lume.

Ouça: “Neurótico de Guerra”

Kayblack: rapper paulista que se destaca pela versatilidade e pelo flow rápido e melódico. Ele já fez parcerias com nomes como Baco Exu do Blues, Froid, Xamã e MC Caverinha, seu irmão. Lançou em 2023 o álbum Contradições.

Ouça: “Cartão Black”

L7nnon: carioca que começou a fazer rap aos 14 anos e hoje é um dos nomes mais respeitados do gênero. Ele já lançou três álbuns: Podium, Hip Hop Rare e Me Espera e já colaborou com artistas como Djonga e Cynthia Luz.

Ouça: “Ai Preto”

Matuê: considerado um dos maiores nomes do trap nacional, o rapper cearense mistura influências do rap americano, do reggae e do rock, como mostra no EP Máquina do Tempo (2022).

Ouça: “Quer Voar”

MC Caverinha: nasceu em São Paulo em 2008 (é ainda muito jovem). Irmão de Kayblack, ele começou a fazer sucesso com vídeos no YouTube e é considerado uma das revelações do trap nacional.

Ouça: “O Preto Mais Caro”

MC Poze do Rodo: funkeiro carioca que também faz trap. Ele é conhecido por letras que falam sobre a realidade na favela, seu estilo de vida e suas polêmicas. Lançou o álbum O Sábio, em 2022, e também já fez parcerias com artistas como MC Cabelinho, Xamã e Orochi.

Ouça: “A Cara do Crime (Nós Incomoda)”

Teto: paraibano de 18 anos que se tornou um fenômeno nas redes sociais com seus vídeos de freestyle. Ele faz parte do selo Mainstreet Records e lançou um EP, Prévias.zip. Teto também já fez parcerias com artistas como Matuê e Kawe.

Ouça: “M4”

Xamã: carioca que mistura trap com MPB, funk e samba. Ele é um dos fundadores do coletivo Bagua Records e já lançou três álbuns: Pecado Capital, Zodíaco e O Iluminado. Ele também é conhecido por suas colaborações com artistas como Agnes Nunes, Marília Mendonça e Anitta.

Ouça: “A Bela e a Fera”

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