O forró tem um jeito especial de aquecer o coração e mexer com os pés da galera. E nada mais justo do que dedicar um dia todinho para celebrar esse ritmo arretado!
O Dia Nacional do Forró é comemorado em 13 de dezembro, uma data que homenageia Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e também celebra a riqueza dessa tradição musical que é um verdadeiro tesouro cultural brasileiro. Bora conhecer mais sobre esse gênero?
Como surgiu o Dia Nacional do Forró?
A escolha do dia 13 de dezembro não foi por acaso. Essa é a data de nascimento de Luiz Gonzaga, que veio ao mundo em 1912, lá em Exu, Pernambuco. Ele não é só um dos maiores ícones do forró, mas também o responsável por levar o som nordestino para o Brasil inteiro.
Em 2005, o Congresso Nacional oficializou o Dia Nacional do Forró, reconhecendo a importância do gênero como patrimônio imaterial da cultura brasileira. Desde então, a data é marcada por celebrações que espalham alegria e muito arrasta-pé pelo país inteiro!
A história do forró
Diz-se que a palavra “forró” vem de “forrobodó”, que, por sua vez, deriva do termo francês “faux-bourdon”, um estilo musical da Idade Média. No Brasil, o ritmo que deu origem ao forró foi introduzido no século XIX pelos portugueses e se estabeleceu principalmente no interior do Nordeste. Gonzagão foi um dos pioneiros na popularização do forró nos anos 1940, quando o gênero, executado com a formação clássica de sanfona, triângulo e zabumba, começou a fazer sucesso com a vinda do músico ao Rio de Janeiro.
Foi apenas na década de 1950 que o nome “forró” passou a ser utilizado para identificar o ritmo musical, graças, em grande parte, à música “Forró de Mané Vito”, de Luiz Gonzaga. Desde então, o forró evoluiu, incorporando variações como o xote, o baião, o xaxado, o arrasta-pé e até versões modernas, como o forró universitário e eletrônico, além do delicioso piseiro.
O forró é um gênero que fala de amor, saudade, alegria e do cotidiano do povo nordestino, sempre com uma batida que não deixa ninguém parado. Ele também pode ter sons mais contemplativos e nostálgicos, com uma levada mais lenta.
Forró: patrimônio cultural
O forró vai muito além de um estilo musical; ele é uma manifestação da cultura nordestina e uma forma de expressar a vida do povo. Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O reconhecimento foi resultado de uma proposta da Paraíba e contou com a adesão de outros 14 estados brasileiros.
Atualmente, o forró está em processo de pedido para ser incluído na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Em agosto de 2024, Pernambuco formalizou o pedido junto ao Iphan, com o apoio de secretários de Cultura do Nordeste e entidades da sociedade civil. Além disso, 30 países já subscreveram um abaixo-assinado em apoio ao reconhecimento internacional do forró.
As festas de forró são um ponto de encontro, onde pessoas de todas as idades se reúnem para celebrar a vida, compartilhar histórias e, claro, dançar até não aguentar mais!
👉 Ler também: Músicas para churrasco: saiba quais as melhores para curtir!
Os grandes nomes do forró
Não tem como falar de forró sem lembrar de Luiz Gonzaga. Ele é o cara que colocou o baião, o xote e o xaxado no mapa musical do Brasil. Com sucessos como “Asa Branca”, “Qui Nem Jiló” e “Baião”, Gonzagão deixou um legado que inspira até hoje.
Além dele, outros nomes marcaram a história do forró, como Dominguinhos, parceiro e herdeiro musical de Gonzaga, conhecido por clássicos como “Eu Só Quero Um Xodó”, escrito com outro ícone, Anastácia. Além dela, Marinês, a Rainha do Xaxado, também merece destaque por seu papel pioneiro como uma das primeiras mulheres a brilhar no forró, com sucessos como “Pisa na Fulô”, junto do grupo Marinês e sua gente.
Temos ainda Alceu Valença, que trouxe um toque contemporâneo ao forró com seu estilo único, e Zé Ramalho, que misturou o gênero com elementos da música popular brasileira. E claro, Elba Ramalho, que levou o forró para os palcos de todo o país com sua energia e talento. E não podemos esquecer de Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo, que deu uma pitada de irreverência à cena.
👉 Ler também: A vida e carreira de Alceu Valença
Músicas que são a alma do forró
Se você quer entrar no clima do Dia Nacional do Forró, dá o play nessas músicas clássicas que resumem bem o espírito do gênero:
- “Asa Branca” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira): um verdadeiro hino do forró, que fala das dores e esperanças do sertanejo.
- “Eu Só Quero Um Xodó” (Dominguinhos/Anastácia): perfeita para quem quer um amor para dançar coladinho.
- “Olha Pro Céu” (Luiz Gonzaga/José Fernandes): uma poesia que combina com noites estreladas e festas juninas.
- “Isso Aqui Tá Bom Demais” (Dominguinhos/Nando Cordel): uma mistura de forró com MPB que é pura diversão.
- “Xote das Meninas” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas): um clássico que embala o coração com sua letra sobre puberdade.
- “Pagode Russo” (Luiz Gonzaga/João Silva): uma mistura divertida que mostra a criatividade do Rei do Baião.
- “Severina Xique-Xique” (Genival Lacerda/João Gonçalves): cheia de humor e irreverência.
- “Forró do Xenhenhém” (Cecéu/Antônio Barros): Impossível ficar parado com esse som em ritmo acelerado. Não deixe de ouvir a versão de Elba Ramalho.
- “Frevo Mulher” (Zé Ramalho): Sucesso na voz de Amelinha, uma artista marcante na música brasileira.
- “Peba na Pimenta” (João do Vale/José Batista/Adelino Rivera): uma música que representa bem a originalidade da voz de Marinês no forró.
Playlists de forró
Mas é claro que o forró tem diversas vertentes e continua vivo até hoje, se reinventando, resistindo e unindo pessoas nos quatro cantos do Brasil e do mundo. Por isso, vamos deixar aqui nossas melhores playlists de forró pra você curtir, seja numa sala de reboco, no bar, na pista de dança, na rua, o que vale é curtir agarradinho!
Forró Pé de Serra
Essa é pra quem é das antigas e curte aquele forrozão pé de serra irresistível. Sério, há muitas décadas o pessoal já sabia deixar o povo louco pra se mexer com esse ritmo! Curta a playlist Forró Pé de Serra e me agradeça depois!
Estouradas do Forró
Agora se o seu negócio é mais contemporâneo, não deixe de conferir a playlist Estouradas do Forró, com o melhor do forró de hoje em dia.
Forró estilizado
Se o seu estilo for mais inovador e eclético, a playlist Forró estilizado é pra você! Aqui, você vai ver esse gênero misturado a outros, em diferentes épocas. Por essa seleção, eu boto a mão no fogo!
Conclusão: vamos dançar!
O Dia Nacional do Forró é mais do que uma homenagem a Luiz Gonzaga; é uma celebração da alma brasileira. Nesse dia, o som da sanfona, do triângulo e da zabumba ecoa por todo o Brasil, lembrando que o forró é alegria, tradição e resistência cultural.
Então, pegue seu par, coloque um forró bem alto e celebre esse ritmo que é pura emoção. Viva Luiz Gonzaga, viva o forró e viva a cultura brasileira!
Ler mais sobre esse tema: