Artistas LGBT: conheça as vozes que levantam esta bandeira

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É impossível falar sobre diversidade sem destacar a importância da representatividade dos artistas LGBT no Brasil e no mundo.

Nesse meio artístico, em que os músicos são grandes formadores de opiniões e arrastam multidões, esse posicionamento é ainda mais fundamental, não é?

Para enaltecer todos os talentos da música brasileira que levantam a bandeira da diversidade, preparei esse conteúdo especial sobre o que significa a sigla LGBT e porque hoje o mais correto é o uso da sigla LGBTQIA+.

Você vai perceber que usei bastante o termo “artistas LGBT”, com a sigla ainda desatualizada, porque é assim que muitas pessoas se referem e buscam por esse conteúdo.

Também queremos ser encontrados assim, mas ao mesmo tempo mostrar o que é o mais correto. Tudo bem?

Mas vamos lá! Separei uma lista de artistas LGBT no Brasil e artistas LGBTQIA + internacionais que usam suas vozes para fortalecer o movimento, além de sugestões de playlists para você salvar. 

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O que significa a sigla LGBT?

A maioria das pessoas conhecem e se referem à bandeira da diversidade pela sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), mas hoje essa sigla já está desatualizada e não contempla todas a pluralidade da comunidade LGBTQIA +.

Essa sigla contém um sinal de “mais” por conta dessa necessidade de representar a diversidade e atender essa demanda de representatividade de outros espectros da sexualidade e identidades de gênero humano.

Mas o que significa cada letra, afinal? Vem que eu te explico!

L (lésbicas)

O L de LGBTQIA + representa as mulheres, cis ou trans, que sentem atração emocional/afetiva/sexual por outras mulheres, sejam elas cis ou trans.

O nome “lésbicas” tem origem no latim “lesbius” e originalmente era usado para se referir aos habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia.

A ilha foi um centro cultural muito importante da Grécia antiga e onde nasceu aquela que é considerada a primeira poetisa do ocidente, Safo, que viveu entre os séculos VI e VII antes da era comum.

Por esse motivo, o relacionamento afetivo/sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianidade ou safismo.

G (gays)

Na sigla, o G representa a bandeira dos homens gays (cis ou trans) que sentem atração por outros homens cis ou trans. 

A palavra “gay” vem do inglês e significa algo como “alegre” e, apesar desse significado de algo bom, em muitos lugares a palavra é usada como um termo pejorativo ou sinônimo de imoralidade, por pessoas que destilam preconceito.

Mas não precisamos voltar muito tempo na história para encontrar exemplos em que a homofobia ainda é o comum, e não o contrário.

Em muitos países, ser gay ainda é considerado um crime. 

No Brasil, a homofobia é crime, mas você e eu sabemos que isso não significa que está tudo ganho, não é?

B (bissexuais)

As pessoas bissexuais (cis ou trans) sentem atração afetiva, emocional e sexual por mais de um gênero. 

Também se definem como pessoas que sentem atração sexual ou romântica por homens e mulheres, ou por mais de um sexo ou gênero.

Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, o B de LGBTQIA + não é de Beyoncé. 🤭

Bissexuais existem e estão representados na bandeira da diversidade. 

Brincadeiras à parte, é sempre bom lembrar da importância de destacar o B dessa sigla, não é?

Afinal, muitas “piadas” feitas acabam apagando a visibilidade bissexual até mesmo dentro da própria comunidade LGBTQIA +.

Nada de dizer que é só uma fase ou indecisão, nada disso! A representatividade de pessoas bis precisa ser discutida, ok? 

Inclusive, o Dia da Celebração Bissexual acontece no 23 de setembro.

T (transgêneros/ travestis)

No T da sigla LGBTQIA + estão representadas as pessoas transgêneros e travestis. E aqui, diferente das outras letras, não se trata de uma questão de orientação sexual, mas sim de identidade de gênero.

Diferente das pessoas cisgênero, a pessoa trans é aquela que a identidade de gênero se difere do sexo biológico imposto ao nascimento. 

Antigamente, o termo “transexual” era bastante usado, mas hoje ele está mais em desuso por ser um nome que, muitas vezes, relaciona a transição de gênero somente a alterações cirúrgicas e tratamentos hormonais.

Por ser mais inclusivo, hoje o mais utilizado para se referir a pessoas que se identificam com o gênero imposto ao nascimento é pessoa trans ou pessoa transgênero.

O termo travesti é utilizado para se referir a pessoas que foram designadas do sexo masculino no nascimento, mas que se identificam como uma figura feminina.

O termo trans, transgênero e transexual são usados tanto para identidades masculinas quanto femininas. Já a palavra travesti é usada para pessoas trans com identidade feminina.

Podemos dizer que o termo travesti hoje é utilizado muito como um ato político e de resistência, para ressignificar essa palavra que por muito tempo foi, e ainda perdura, como um termo pejorativo e marginalizado.

Q (queer)

A letra Q vem da palavra Queer, um termo guarda-chuva usado para se referir a todas as pessoas que não se identificam com os espectros de identidade sexual e de gênero normativas, como a da heterossexualidade e cisgênero. 

Até o fim do século XIX, queer era uma palavra exclusivamente usada de forma pejorativa e marginalizada, utilizada como sinônimo de algo “estranho” ou “peculiar”.

Somente a partir dos anos 80 que ativistas queers começaram a ressignificar o termo, sempre como uma forma provocativa de militância e ativismo para defender os direitos da comunidade queer.

Atualmente, o termo é usado também para descrever diversas expressões artísticas e movimentos políticos que expressam, de certa forma, uma oposição geral ao binarismo, à normatividade e à falta de interseccionalidade. 

I (intersexuais)

O I da sigla LGBTQIA + não é sobre orientação sexual ou identidade de gênero, como vimos até aqui.

A intersexualidade, um tema ainda pouquíssimo discutido, trata-se da bandeira levantada pelas pessoas que nascem com algum aspecto biológico, como cromossomos, variações hormonais ou nos órgãos internos e externos, que não correspondem ao que tipicamente é considerado como feminino ou masculino.

O prefixo “inter” reflete esse significado de alguém que nasceu “entre o sexo masculino e o feminino”, o que popularmente muitas pessoas conheciam pelo termo hermafrodita, um termo extremamente inadequado e preconceituoso.

E embora as pessoas intersex ainda sejam bastante inviabilizadas, segundo dados da ONU, a intersexualidade está presente em até 1,7% dos recém-nascidos.

Em muitos casos, a pessoa não nasce com algum traço de intersexualidade visível, digamos assim, e só desenvolve durante a puberdade ou fase adulta. Muitas pessoas intersex, inclusive, nunca descobrem.

A presença da representatividade intersex na sigla LGBTQIA + é muito necessária, tanto para combater o preconceito e falta de informação em torno do tema, mas especialmente por toda luta da comunidade em relação às intervenções médicas com cirurgias e tratamentos hormonais impostos.

A (assexuais)

A assexualidade, assim como a hetero, bi e homossexualidade, representa uma orientação sexual. 

Mas no caso das pessoas assexuais, diferente dos outros exemplos, não há atração sexual.

Na vivência de uma pessoa assexual, não trata-se de algo tão simples e preto no branco assim.

Isso porque a assexualidade não é determinada de acordo com o que uma pessoa faz ou deixa de fazer.

Uma pessoa assexual pode praticar relações sexuais, troca de beijos, abraços e manter relacionamentos.

Por isso, ser assexual é algo muito mais subjetivo e complexo, mas assim como as outras orientações, deve ser igualmente respeitada e representada.

Ah, vale sempre lembrar que não é uma escolha ou opção, mas sim orientação.

+

O “+” ao fim da sigla serve para englobar todas as outras letras da sigla completa LGBTT2QQIAAP: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, 2 spirits, queer, questionado (pessoa que ainda está se descobrindo), intersexuais, assexuais, aliados e pansexuais.

Os denominados 2 spirits, de acordo com a cultura de nativos americanos, são as pessoas que nascem com o espírito masculino e feminino, ou que performam um papel de gênero não-binário.

E os pansexuais são aqueles que sentem atração sexual independente da identidade de gênero ou sexo.

Conheça as vozes do universo LGBTQIA+ no Brasil

O Brasil possui diversos artistas LGBT que levantam a bandeira da diversidade. 

Além de toda a representatividade de ver artistas LGBTQIA+ fazendo sucesso em todos os ritmos, a visibilidade que possuem fazem de suas plataformas um grande palco para promover debates e contribuir para a luta por mais direitos e respeito!

Aqui, separei alguns dos artistas LGBT que você vai amar conhecer a carreira.

Gloria Groove

gloria groove artista lgbt brasil

A famosa GG é uma das artistas LGBT que mais brilham no cenário musical brasileiro, por seu talento no pop music, funk e no rap. Um de seus trabalhos mais recentes que não paro de ouvir sem parar é a música “Bonekinha”.

Mas vale conhecer toda a carreira de uma das maiores drag queens do Brasil, como seu álbum de estreia, “O Proceder”, e seus EPs “Affair” e “Alegoria”.

Em “O Proceder”,  a artista traz um interlúdio com o nome “Gay”, em que, em poucos segundos, manda um recado para a comunidade LGBT, dizendo que ele, Daniel Garcia, enquanto um homem gay performando com a arte de ser drag queen, estará sendo uma voz aliada.

Dê play e conheça a poderosa Lady Leste!

Liniker

A Liniker é uma das vozes mais importantes da MPB atualmente. Além do seu talento no soul, samba,  black music e outras vertentes, sua voz ecoa ao tocar em temas como representatividade e ativismo em defesa da diversidade, especialmente levantando a bandeira como uma mulher trans e negra.

Ouça a voz potente e inigualável da Liniker no meu app:

Ludmilla

Já a Ludmilla está aqui como uma das artistas mais importantes para a representatividade bi. Já namorou tanto homens quanto mulheres, e hoje é casada com a bailarina Brunna Gonçalves.

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