Deezer’s Shortcut Series – Especial Copa do Mundo: França

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A Copa do Mundo poderia nem mesmo existir, se não fosse por um francês. Como o terceiro presidente da FIFA, Jules Rimet introduziu a competição em 1930 – lançando o que se tornaria, rapidamente, um dos maiores eventos do calendário esportivo mundial. Adicione isso à lista de icônicos (e, por vezes, controversos) jogadores que a França deu ao mundo – Platini, Zidane, Cantona… a lista é grande – e se torna bem óbvia a importância da França como nação do futebol.

Eles também produziram alguns momentos de brilhantismo musical. De Gainsbourg a Piaf, passando por Justice e Daft Punk, o som francês evoluiu consideravelmente durante as últimas décadas, mas nunca perdeu aquele je ne sais quoi que sempre o destacou. Se familiarize com os sons mais importantes abaixo…

1958

A sexta Copa do Mundo foi a de maior sucesso para a França desde o início do evento, em 1930. Eles terminaram em terceiro lugar com o atacante Just Fontaine ganhando a Chuteira de Ouro com incríveis 13 gols – sete mais do que Pelé naquele ano e ainda o maior número de gols marcados em uma só Copa.

Por volta dessa época a chanson français começou a realmente ganhar reconhecimento global. Os anos 60 viram nomes como Francoise Hardy e Serge Gainsbourg se tornarem imensamente populares fora de seu país nativo, junto a Edith Piaf, cujo single ‘Non, je ne regrette rien’ foi lançado em 1960. Ele passou sete semanas no topo das paradas francesas em seu lançamento, e seu poder não diminuiu com o tempo – continua, hoje, um clássico.

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1986

Após mais de uma década de resultados desapontantes em Copas do Mundo e Eurocopas, os anos 80 finalmente viram a sorte virar pro lado do time francês. Capitaneados pelo lendário Michel Platini, eles atingiram as semifinais em 1982, ganharam a Euro 84 na França e ficaram em terceiro no México em 1986.

A música francesa não estava no seu melhor momento, entretanto. Durante os anos 60, estivera numa ótima, mas na metade dos 80 havia uma notável ausência de artistas franceses com relevância fora do Europa. Entretanto, ali surgiu Desireless com o mega-hit synth pop ‘Voyage Voyage’ que, mesmo sendo inteiramente em francês, foi ao topo das paradas ao redor do mundo e continua um clássico do new wave.

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1998

98 foi um ano de ouro para a França. Viu o time emergir de um período de resultados decepcionantes após a aposentadoria de Platini e se restabelecer como uma força a ser batida tanto no mundo do esporte quanto da música. Após seu fracasso em se classificar para Itália 90 ou EUA 94, Les Bleus voltaram em 1998 sob a batuta de Aimé Jacquet para mostrar sua maior performance na história da Copa do Mundo. Eles venceram em casa e um novo herói nacional nasceu na forma de Zinedine Zidane, que marcou duas vezes no primeiro tempo da final contra o Brasil para assegurar uma vitória memorável em Paris.

Aquele ano também nos deu Moon Safari, o álbum debut do Air, que marcou o início da renaissance da música francesa. Não apenas ele se tornou um disco seminal por si só, também abriu as portas para uma nova onda de artistas com o ‘toque francês’ como Daft Punk, M83, Busy P, Justice e muitos, muitos mais. Apesar de fortemente influenciados pelo som dos anos 60 e 70, Moon Safari mostrou o caminho para a nova música francesa como poucos outros discos o fizeram.

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2010

Um ano que será visto com menos carinho pelos fãs do futebol francês é 2010. As feridas deixadas pelos torneios anteriores ainda estavam abertas; não só a derrota para a Itália nos pênaltis na final, mas também a infame cabeçada de Zidane no Materazzi, que fez a carreira internacional de Zizou acabar em um tom bizarro e amargo. Entretanto, se soubessem o que vinha pela frente, a França teria agradecido o vice-campeonato. A campanha francesa em 2010 na África do Sul só pode ser descrita como um completo desastre. Nicolas Anelka foi mandado pra casa após uma agressão verbal ao técnico Raymond Domenech e, em resposta, o time entrou em greve, se recusando a treinar. Sem surpresas, eles terminaram em último do grupo, com um único ponto e um único gol, e voltaram para casa sob desprezo do público e da mídia.

Mas não era tudo triste para a França. Ao mesmo tempo em que o time de futebol implodia publicamente, a música house francesa explodia ao redor do mundo, de uma forma nunca vista antes. David Guetta curtia sucesso massivo em todo o mundo após seu álbum de 2009 One Love, liderando o recém-nomeado movimento EDM a dominar o mundo e abrindo caminho para a nova geração de produtores franceses, incluindo o prodígio do electro-house Madeon.[iframe src=”https://www.deezer.com/plugins/player?autoplay=false&playlist=false&width=500&height=80&cover=true&type=track&id=3445820&title=&app_id=undefined” width=”700″ height=”80″]

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Quer descobrir mais? Confira a playlist abaixo:

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Claro que a França não é única grande nação de futebol desta Copa do Mundo. Clique aqui para ler nossa Shortcut Series – Especial Copa do Mundo: Alemanha.